Entenda como um comportamento incomum e uma lesão na asa levaram uma calopsita ao diagnóstico de cisto de pena. Descubra, como o VetGuide pode te ajudar em casos clínicos.
As alterações comportamentais em aves de companhia, como calopsitas, às vezes passam despercebidas ou são confundidas com mudanças de humor. No entanto, qualquer mudança súbita de comportamento deve ser vista com atenção e com sinal de alerta. Nesse caso clinico, vamos acompanhar uma calopsita que começou a agir de forma diferente do habitual e apresentava uma lesão persistente em uma das asas. Por meio de observação clinica e exames, foi possível chegar ao diagnóstico de cisto de pena.
Histórico clínico:
O tutor relata que a calopsita da espécie Nymphicus hollandicus do sexo masculino com 1 ano e 2 meses apresentou uma mudança repentina no comportamento há cerca de 5 dias. O animal passou a vocalizar menos e recusa o contato com as pessoas da casa. Foi observado que a ave evita voar e mantém a asa direita levemente abaixada e, segundo o tutor, há 3 semanas a calopsita passou por muda de penas, que ocorreu aparentemente normal. Mas agora percebe-se um caroço na região proximal da asa direita, de crescimento lento e sem sinais de secreção ou ferida aberta.
Exame físico:
O estado geral da ave é de alerta, mas reativo à manipulação. Com uma conduta agressiva ao toque na asa direita e a mobilidade reduzida da asa afetada, sem fraturas palpáveis. Em relação às penas, a plumagem é compatível com pós-muda e tem presença de massa subcutânea cilíndrica firme e não ulcerada na asa direita.
Hipóteses Diagnósticas
✅ Cisto de pena (cisto folicular)
❌ Lipoma
❌ Abscesso
❌ Lesão traumática com fibrose
Exames complementares recomendados
Citologia aspirativa com agulha fina (CAAF) da massa (para descartar abscesso ou neoplasia).
Radiografia para descartar envolvimento ósseo.
Biópsia cirúrgica/excisão se persistência da lesão.
Conduta sugerida:
Nesses casos é importante fazer a excisão cirúrgica do cisto com margem conservadora, ter os cuidados pós-operatórios com analgésicos e antibióticos se necessário. Além de fazer correções de possíveis carências nutricionais, principalmente vitamina A e monitorar para recorrência.
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Responsável técnica: Dra. Simone Freitas CRMV-BA 1771